Depois de um demorado processo, que incluiu vários anúncios nunca concretizados, começaram, por fim, as obras de requalificação da piscina do Campo Grande. O equipamento, que está fechado desde 2006, deverá reabrir totalmente reabilitado no verão do próximo ano, depois de um investimento de 8,5 milhões de euros. A primeira pedra da obra de “requalificação” de um dos mais emblemáticos equipamentos da cidade de Lisboa foi colocada, ao final da manhã desta quarta-feira (2 de Setembro), por Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa. A autarquia entregou a intervenção e a gestão do novo equipamento por um período de 35 anos à empresa espanhola Ingesport – a mesma que ficou com as piscinas dos Olivais, reabertas em Fevereiro -, que em troca terá de dar à câmara 3% da receita da exploração.
A piscina do Campo Grande foi desenhada nos anos 1960 pelo arquitecto Keil do Amaral e encontra-se em avançado estado de degradação. Depois das obras que agora começam, dela apenas restarão algumas estruturas. Isto porque, na prática, do que se trata é de um equipamento completamente novo. Com uma área total de 6.200 metros quadrados, o centro desportivo – que fará parte da rede GoFit, tal como o dos Olivais – terá três piscinas cobertas interiores (natação livre, aprendizagem e spa), um circuito hidrotermal (spa, banho turco, sauna e duches de contraste), quatro aulas de grupo com mais de 900 metros quadrados, uma sala de fitness com as mesmas dimensões, serviços para crianças, balneários com mais de 750 metros quadrados, consultas de nutrição, estética e massagem e estacionamento para 210 lugares. Espera-se que venha a servir 10 mil utilizadores e vá criar 60 postos de trabalho.
Texto: Samuel Alemão