Penha de França também quer passar a beneficiar da “onda turística” de Lisboa
À primeira vista, não seria um dos locais óbvios para suscitar o interesse do cada vez maior número de turistas que visitam a nossa cidade. Mas a Penha de França não quer ficar de fora dos circuitos por onde eles andam e, por isso, deverá agora avançar com a criação de um roteiro turístico com os pontos de interesse na freguesia a merecer uma visita. O instrumento de promoção deverá ser disponibilizado em mapa e distribuído pelas vitrinas das lojas ou em papel, em locais considerados relevantes. A ideia consta de uma recomendação aprovada por unanimidade (PS; PSD; CDS; PCP e Independentes do MAPES), a 16 de dezembro, pela Assembleia de Freguesia da Penha de França, por iniciativa do único eleito do CDS-PP por aquela zona da capital.
“Sabemos que a Penha de França não pode competir com algumas freguesias em termos de pontos de interesse turístico, mas não deixa de os ter”, diz a recomendação, antes de os enumerar: Convento de Santos-o-Novo, Igreja da Penha de França, Forte de Santa Apolónia, Cemitério do Alto de São João e Museu Nacional do Azulejo. “Muitas vezes observamos turistas, perdidos, a caminhar nas ruas da Penha de França saídos de tuks-tuks, ou de elétricos da carreira Nº. 28, em busca de locais para visitar. Sem posto de turismo na freguesia, sem locais muitas vezes assinalados em brochuras turísticas, faz com que seja interessante a criação de um roteiro turístico”, argumenta o documento, que sugere a publicação em português e em duas línguas estrangeiras.
Questionada pelo Corvo sobre esta recomendação, Sofia Oliveira Dias (PS), presidente da Junta de Freguesia da Penha de França, mostrou agrado com a mesma. “Já estava nos nossos planos fazer algo semelhante e a proposta mereceu a nossa total concordância. Aliás, queremos estender a todo o território da freguesia o movimento de visitas que já existe para o Museu Nacional do Azulejo, que em 2015 foi o terceiro museu mais visitado do país”, afirma a autarca. Sofia Oliveira Dias salienta a existência de uma parceria com o Museu do Azulejo e recente criação de um roteiro gastronómico, denominado A La Carte, “com uma componente de estímulo ao comércio local, mas também a pensar na vertente turística”.