São luzes encantatórias a pairar sobre o histrionismo consumista e a piedade sazonal geralmente em alta cotação na quadra. Vivem deles e, de certo modo, sublinham-nos. Mas, apesar de tudo, também funcionam como ponto de fuga visual, uma espécie de utopia colorida para onde os nossos olhos fogem, levando a mente a emergir num mar de hipóteses de felicidade eléctrica. Uma consoada psicadélica? Nem tanto. Apenas a certeza de que, dentro em breve, a vida voltará à cidade.
Fotografias: João Paulo Dias