Metáforas sobre o rejuvenescimento pelas cinzas são fáceis. E habituais. Mas, por vezes, não há como evitá-las. O Chiado é disso um bom exemplo. Sobretudo no dia em que se assinala um quarto de século sobre o incêndio que dizimou aquela zona da cidade. É um facto que, apesar de não ter as características e, sobretudo, as lojas que o tornaram famoso a partir do final do século XIX, o Chiado readquiriu a importância simbólica e o brilho doutras eras. A última década tem disso sido prova. Para descobrir as novas tendências, tomar o pulso às modas e ver e ser visto, não há melhor que ali. O coração da cidade, que palpita mais forte junto aos Armazéns do Chiado, é como uma passadeira, local onde a vaidade e a exuberância são por quase todos vistas com bonomia. O Chiado vive. Viva o Chiado.
Fotografias: Carla Rosado