Novo acesso ao estacionamento do Marquês encolhe Parque Eduardo VII
ACTUALIDADE
Samuel Alemão
Texto
Fórum Cidadania LX
Fotografia
MOBILIDADE
Avenidas Novas
5 Janeiro, 2016
A construção de um novo acesso ao parque de estacionamento subterrâneo do Marquês de Pombal, localizado no topo Sul do Parque Eduardo VII, vai eliminar 291 metros quadrados de espaço público naquele sítio central da cidade. A situação, que foi denunciada, na tarde desta segunda-feira (4 de janeiro), pelo grupo de activistas Fórum Cidadania LX, através de um comunicado, representará também uma mudança substancial da morfologia de um local que, nos últimos anos, tem funcionado como um dos principais pontos de acesso à Feira do Livro de Lisboa.
No curto comunicado, solicita-se um esclarecimento à Câmara Municipal de Lisboa, e ao vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, “quanto ao que se passa no topo Sul do Parque Eduardo VII, no que se configura serem os preparativos para uma escavação, quiçá de uma nova saída para o parque de estacionamento ali existente, o que, a confirmar-se, irá certamente destruir mais uma importante parcela daquele jardim”. E, de seguida, questiona o vereador “sobre se a referida escavação terá tido a aprovação dos serviços dos Espaços Verdes da CML”, que são tutelados pelo seu colega José Sá Fernandes.

Questões que acabam por assumir carácter quase retórico, uma vez que pelo menos uma delas encontra resposta numa das fotografias que acompanham o comunicado, e na qual se vê a obrigatória placa informativa sobre a obra. Nela pode ler-se que se trata, de facto, do “novo acesso ao Parque do Marquês do Pombal” e a entidade promotora é a Empark, empresa que explora diversos parques de estacionamento subterrâneo em Lisboa. Na referida placa constam ainda, entre outros dados, o número da autorização camarária, as áreas bruta e de construção total – que ocuparão os mencionados 291 metros quadrados – e o prazo para o fim da obra, 31 de Março próximo. O parque tem capacidade para 1081 veículos.