Nova Biblioteca da Penha de França inaugurada nesta quinta-feira
Trata-se do desfecho há muito aguardado, mas que gerou contestação durante um ano. As novas instalações da Biblioteca da Penha de França, que a 4 de Maio fechou as portas no Palácio Diogo Cão, no alto da Calçada do Poço dos Mouros – onde funcionava desde 1964 -, vão ser inauguradas nesta quinta-feira (21 de Maio), pelas 15h, com a presença do presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Fernando Medina, e da vereadora com o pelouro da Cultura, Catarina Vaz Pinto. O novo equipamento público ficará na Rua Francisco Pedro Curado, 6-A, junto à Escola EB 2+3 Nuno Gonçalves, e ocupará um rés-do-chão de um prédio da EPUL Jovem.
De acordo com o comunicado emitido pela CML, “as novas instalações da Biblioteca da Penha de França cumprem o Programa Estratégico Biblioteca XXI, oferecendo ao público uma área ampla e luminosa, na qual se disponibilizam colecções diversificadas de livros e publicações, computadores e acesso gratuito wi-fi, contemplando espaços de acolhimento, estudo e leitura, assim como de aprendizagem ao longo da vida e multiusos, aptos para pessoas e grupos com necessidades especiais”. As antigas instalações da biblioteca servirão para a ampliação dos serviços da Junta de Freguesia da Penha de França, que ocupava já o primeiro andar do imóvel.
A transferência agora concretizada foi muito contestada por um conjunto de cidadãos, tendo mesmo dado origem à criação de um movimento cívico encabeçado pela tradutora e poetisa Margarida Vale de Gato. Num abaixo-assinado lançado pouco depois de se ficar a conhecer o plano para a mudança, em Abril de 2014, faziam-se fortes críticas ao processo e à presidente da junta, Elisa Madureira (PS), que o decidiu levar por diante. “Processo pouco transparente” e “gasto de dinheiro desnecessário” foram acusações ouvidas então, e durante alguns meses, tendo mesmo o descontentamento sido materializado numa manifestação à porta da junta. As razões expostas no abaixo-assinado foram, porém, insuficientes para se travar o processo, tendo a Assembleia Municipal de Lisboa validado a mudança, em Outubro passado.