Os dez melhores projectos do “Fab Lab in the City” foram já escolhidos e anunciados, no início desta semana. Poderá ser deste conjunto que, caso a Câmara Municipal de Lisboa (CML) assim o deseje, venha a nascer o novo mobiliário urbano do Largo do Intendente. Agora, os seus autores terão dois meses para os transformar em maquetas que servirão de base de consulta à eleição do grande vencedor por parte do público. Este terá a oportunidade de as observar, no início de Março de 2015, numa exposição a decorrer num estabelecimento situado no largo.
Depois de receber 39 propostas criativas, o júri do Fab Lab Lisboa – laboratório de fabricação digital gerido pela CML, no Mercado do Forno do Tijolo (Anjos), e que permite a criação de novos produtos a baixo custo, propriedade intelectual e negócios – selecionou a dezena que, durante os meses de Janeiro e Fevereiro, dará origem às maquetas de protótipos de mobiliário urbano para o largo. As referidas maquetas terão, desejavelmente, de ser feitas com as máquinas existentes no Fab Lab Lisboa. À imagem de outros espaços do género, este está equipado com dispositivos fabris ligeiros de fácil uso, ao acesso de todos.
“Urban Umbrella”, da autoria de Pierre Perissinotto.
Depois da sua concepção, os protótipos serão expostos no Café Largo, aproximadamente durante duas semanas. E qualquer pessoa poderá, no local, votar na sua preferida – as três melhor acolhidas pelo público serão premiadas com, respectivamente, 1.500€, 1.000€ e 500€. “Não haverá votação pela internet, só lá mesmo. Queremos que as pessoas se desloquem ao local, observem o largo e interajam com ele, para melhor terem uma ideia do que estão a escolher”, explica ao Corvo Bernardo Gaeiras, director do Fab Lab Lisboa, que foi um dos elementos do júri, juntamente com Marta Silva, da Largo, residência de criativos do largo do Intendente, e Frederico Duarte, docente da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa.
“Brincachão”, de Maria Madalena Caiado.
Quando forem escolhido os equipamento ou ideias vencedores – que não poderá ultrapassar os três metros de altura e terá de ser fabricado em madeiras, cortiça, plásticos, espumas, borrachas, compósitos maquináveis, vinil autocolante ou metais suaves -, e caso queira avançar com a sua concretização, a câmara poderá vir a convidar os seus autores a pronunciarem-se sobre o desenvolvimento dos mesmos.
“Intemporal”, de Bernardo Sousa, Gonçalo Castanheira e Pedro Ferreira.
* Imagem de abertura: “Kinemacity”, Digitalab
Texto: Samuel Alemão