Serão 600 garrafas garantidas para a Câmara Municipal de Lisboa (CML) e 100 para a Junta de Freguesia de Marvila, todos os anos. Sob esta condição, a autarquia da capital decidiu ceder cerca de três hectares de terreno para a plantação de uma vinha, num baldio sem perspectivas de potencial construção, junto à rotunda do aeroporto. O protocolo entre a câmara e a Casa Santos Lima – Companhia das Vinhas, um dos maiores produtores da região vitivinícola de Lisboa, foi assinado esta segunda-feira, sob tutela de José Sá Fernandes, o vereador com o pelouro da Estrutura Verde.
A empresa terá a seu cargo as obras de preparação do terreno, a plantação das vinhas e a sua exploração, bem como a construção de uma casa de apoio e de uma cerca – o que totalizará um custo de aproximadamente 100 mil euros. O projecto conjunto terá, sobretudo, uma componente promocional dos vinhos da Região de Lisboa, mas serve também para a CML afirmar a sua política de “de aumento da diversidade de tipologia de espaços verdes e de fomento de práticas agrícolas e hortícolas na cidade”, contribuindo para o “aumento da biodiversidade”. Ao mesmo tempo, a vinha servirá ainda como campo didático sobre a produção vinhateira.
Texto: Samuel Alemão