O estacionamento automóvel poderá estar de regresso à Rua da Prata. Isto porque a Junta de Freguesia de Santa Maria Maior propôs à Câmara Municipal de Lisboa (CML) a criação de cerca de quatro dezenas de lugares de parqueamento, parte dos quais destinados em exclusivo a moradores, ficando os outros para os restantes utentes. Para que a medida avance, é necessário que a CML aceite a sugestão feita pela junta para a utilização com tal propósito de parte da faixa de rodagem junto ao passeio do lado esquerdo da referida artéria da Baixa, que assegura a ligação entre o Terreiro do Paço e a Praça da Figueira e tem sentido único.
Se a câmara e a EMEL aceitarem a proposta da junta, surgirá então uma área destinada aos moradores daquela zona, circunscrita a dois quarteirões – compreendidos entre a Rua da São Nicolau e a Rua da Assunção -, ficando os demais lugares para uso dos outros automobilistas, classificados como parte da “zona vermelha”. Ou seja, a pagarem o parquímetro à taxa mais cara. “São precisos mais lugares para os residentes desta área e tal solução será perfeitamente exequível, pois a rua tem agora uma circulação viária muito mais reduzida, desde que se realizaram alterações ao trânsito nesta área”, afirma Miguel Coelho (PS), presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior.
O autarca – que lidera a junta nascida da agregação de uma dúzia de antigas juntas de freguesia do coração da capital, entre quais estão as que abrangiam bairros históricos como Alfama, Mouraria, Castelo, Baixa e Chiado – reconhece que o estacionamento é um problema crónico na área por si administrada. Mas defende que o mesmo poderá ser mitigado pela adopção de medidas cirúrgicas, como a criação localizada de lugares para moradores. Como aconteceu recentemente no troço descente da Rua da Madalena e na Rua Marquês de Ponte de Lima. E como poderá, em breve, suceder também na Rua Oliveira do Carmo (Chiado), com a reserva de mais nove lugares para moradores.
Texto: Samuel Alemão