Desleixo ribeirinho
Na margem direita do Tejo, entre a estação fluvial de Belém e o parque de reparações e estacionamento a seco de embarcações, estende-se uma ampla praça. Já serviu de zona de estacionamento para quem ia almoçar à beira-rio e viu os locais mais próximos ocupados por autocaravanas, que passaram a ter por ali poiso. Tem servido para promoções e festarolas mais ou menos barulhentas, essas coisas que dão pelo nome vazio de “eventos”. Estes, e o desleixo de quem gere a zona, têm servido para rebentar com a calçada, agora esventrada e cheia de acumulações de terra e pedras que tornam qualquer passeio por ali uma via sacra de tropeções. As erupções de pedra solta e areia sucedem-se num dos locais mais feios do percurso ao longo do rio. Feio e engalanado de mastros e bandeiras, como que apregoando uma crescente falta de gosto e de cuidado.