Cristas pede linha de apoio telefónico para denunciar acumulação de lixo nas ruas de Lisboa
“A Rua de São Paulo está imunda, este chão cola, está com ar que não é lavado há largos meses”, criticava Assunção Cristas, vereadora do CDS-PP, na tarde desta quarta-feira (12 de Setembro), num passeio pela Baixa com os jornalistas, convocado para denunciar a falta de limpeza das ruas de Lisboa. Não deixando de tecer críticas à “falta de acção” do presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Fernando Medina (PS), nesta matéria, Cristas diz que é preciso intensificar o trabalho de limpeza e, por isso, quer implementar o programa Lisboa Limpa. A ideia é haver uma linha de apoio telefónica para se sinalizarem situações de lixo descontrolado e ainda um reforço das equipas de limpeza. Nestas situações, haverá um alerta para que as equipas possam ir remover o lixo, mas também para que as brigadas de emergência passem mais frequentemente pelos sítios críticos da cidade, “com turismo ou não”, avança a vereadora centrista, que lidera a oposição ao executivo socialista da autarquia.
“A cidade tem uma grande pressão de turismo, o que significa que há determinadas zonas onde precisa de ter uma intensificação do trabalho e uma reorganização dos serviços camarários, que não estão a conseguir dar conta do recado. Vemos profissionais muitas vezes empenhados, mas que não conseguem socorrer as situações todas. Se o turismo nos traz dinheiro e taxas, também tem que permitir limpar a cidade”, critica a centrista. A Câmara de Lisboa reconhecia, através do vereador com o pelouro das Finanças, João Paulo Saraiva, na sessão da Assembleia Municipal de Lisboa realizada na tarde desta terça-feira (11 de Setembro), que a acumulação de lixo nas ruas da cidade é uma “situação excepcional”, motivada pelo aumento do turismo. E garantia que a mesma será ultrapassada com a contratação de mais trabalhadores para esta área. Mas Assuncão Cristas diz que é preciso fazer mais.
“As promessas de Fernando Medina foram imensas, um ano depois, a cidade está igual ou até pior no que diz respeito à matéria da higiene urbana. Queremos acreditar que desta vez vai ser diferente. Em todo o caso, vamos apresentar este programa para pressionar o presidente da câmara e a sua equipa a serem melhores nesta área, porque não nos revemos nesta cidade suja e completamente desleixada, em muitos casos uma lixeira a céu aberto, que não dá qualidade de vida aos que a habitam, nem aos que a visitam”, critica a centrista – que não avançou aos jornalistas quanto custaria a implementação do programa Lisboa Limpa, agora proposto.
Assunção Cristas diz ainda que o turismo não é a única justificação para o aumento da sujidade das ruas, chamando a atenção para a acumulação de lixo noutras partes da cidade. “Trouxe fotografias, que nos chegam todos os dias, do Lumiar e de Santa Clara à Baixa e Alfama. Vemos contentores a abarrotar, as pessoas não têm onde pôr o lixo e acabam por colocar à volta. São precisas mais acções de sensibilização e informação para saberem quando podem colocar o lixo na rua, mas isto também significa que o que está a ser feito até agora não chega. Temos de garantir que temos uma cidade limpa”, concluía.
