Tem sido um corrupio de gente a entrar e a sair das novas instalações do Complexo Desportivo Municipal do Areeiro. Algo atestado durante a cerimónia de inauguração oficial do equipamento – apesar de o complexo já estar a funcionar desde Abril -, realizada ao final da tarde desta terça-feira (14 de Julho), na qual foram muitas as pessoas envergando roupa e saco desportivos a tentar passar por entre os que assistiam à cerimónia de abertura. Com 7000 metros quadrados, alberga duas piscinas (uma de 25 metros e outra de 12,5, dedicada à aprendizagem), uma zona de SPA, uma sala de fitness, três salas polivalentes de aulas de grupo e uma sala de bicicletas. Concessionado à empresa espanhola Supera por 40 anos, conta já com mais de 3000 sócios.
Trata-se assim do regresso feliz de um “equipamento desportivo desactivado há cerca de uma década e detentor de um grande simbolismo para a cidade”, destacou Fernando Medina, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa. “Foi nas piscinas que aqui existiam que aprendi a nadar”, disse ao Corvo Jorge Máximo, vereador com o pelouro do desporto, para quem o complexo é de vital importância para a comunidade, “por permitir o acesso da população à prática desportiva a preços baixos”. O contrato de concessão para a recuperação e exploração do complexo desportivo assinado com a empresa – que gastou 8,5 milhões de euros na obra – assim o determina. “Nesta fase, o equipamento está a ser muito procurado por pessoas que nunca fizeram desporto”, salientou o vereador.
Está assim fechado um processo extremamente moroso. Encerrada em 2006, a piscina do Areeiro – projectada nos anos 60 pelo arquitecto Alberto José Pessoa – constituiu, durante diversos anos, um pólo de decadência urbana junto à Avenida de Roma. A sua conversão no agora Complexo Desportivo Municipal do Areeiro, através da construção um novo edifício, foi demorada e obrigou à reelaboração do plano de escavações, devido a complicações de ordem técnica. Decidida em 2011, a obra apenas começou no final de 2013, com a demolição da estrutura até então ali existente.
Mais informações: www.centrosupera.pt
Texto: Samuel Alemão