O vereador do Urbanismo da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Manuel Salgado, diz que as placas de sinalização vertical são em número exagerado na cidade e estão a tornar-se um problema para a locomoção dos peões, sobretudo os que têm mobilidade reduzida. “As nossas ruas estão pejadas de sinais”, critica. Um problema que se faz sentir em especial através da sua colocação nos passeios junto às passadeiras. Por isso, a autarquia está a preparar a adopção de novas regras para que tanto as juntas de freguesia, como os serviços da própria câmara, tenham uma prática diferente, evitando a sua proliferação e adoptando outras soluções.
“Nós temos um problema com a sinalização nas passadeiras. Ou a sinalização é apenas horizontal e temos o risco, de facto, de as pessoas argumentarem que não a vêem, ou então, se começamos a encher todas os passeios com sinalização vertical, criamos um problema sério às pessoas que têm dificuldades de locomoção. E portanto, como os passeios são estreitos, temos aqui um conflito”, disse Manuel Salgado, durante a última reunião descentralizada do executivo camarário, ocorrida ao início da noite de quarta-feira (4 de Março), realizada no auditório da Junta de Freguesia de Campolide.
O vereador, que respondia às queixas de um munícipes relativas ao excesso de velocidade e consequente risco de atropelamento na Rua Silva Carvalho, junto a Campo de Ourique, disse que tal constatação obriga a que se encontrem soluções. “Estamos a estudá-las e vamos produzir um documento normativo com essas regras. O mesmo será adoptado em conjunto pelas juntas de freguesia e pela câmara, procurando, sempre que possível, que a sinalização horizontal ou a sobrelevação das passadeiras seja suficiente para reduzir a velocidade dos carros sem que haja necessidade de colocar mais sinais”, informou o autarca.
E Salgado justificou tal necessidade, sugerindo que o problema não se faz sentir apenas junto das passadeiras, mas em todo o espaço público.“As nossas ruas estão pejadas de sinais e isso acaba por ser inconveniente para as pessoas que circulam nos passeios”, afirmou.
Texto: Samuel Alemão