Uma medida importante em nome da saúde pública. A Câmara Municipal de Lisboa (CML) está a preparar o fim definitivo do sistema de recolha de lixo através de sacos de plástico depositados na via pública, ainda muito utilizado nos bairros históricos de algumas freguesias. A alternativa passa pela criação de um novo sistema de contentores enterrados no subsolo – idênticos aos usados há já muitos anos noutros municípios -, colocados em pontos centrais e que passarão a servir como únicos sítios onde os moradores poderão depositar os seus resíduos.
A medida está incluída no Plano Municipal de Gestão de Resíduos, que se encontra em consulta pública, e foi explicada por Duarte Cordeiro, vereador com o pelouro da Higiene Urbana, na tarde desta terça-feira (10 de Novembro), na Assembleia Municipal de Lisboa, durante a sessão de perguntas ao executivo. “O sistema principal da cidade é o sistema de recolha selectiva porta-a-porta. No entanto, tem alguns aspectos negativos, pelo facto de restringir os dias de recolha à tipologia do resíduo. Por isso, vamos apostar na criação de uma segunda rede, que será de suporte”, disse o vereador, dando conta do princípio subjacente à criação de uma rede de uma centena de contentores enterrados, espalhados pela cidade.
De acordo com o previsto no novo plano de resíduos, diz Duarte Cordeiro, estes 100 contentores “serão, por um lado, espalhados por vias estruturantes ou praças e, por outro lado, pelas freguesias da cidade, em localizações estratégicas”. E acrescentou: “Paralelamente, vamos colocar alguns deles nos bairros históricos. Achamos que este é o momento para repensar a recolha com sacos de plástico, que apresenta muitos problemas. Falámos já com as principais juntas de freguesia onde este sistema ainda se utiliza – como Estrela, Misericórdia ou Santa Maria Maior – e vamos tentar transitar, através de projectos-piloto, para outros sistemas mais higiénicos do ponto de vista da saúde pública”.
Texto: Samuel Alemão