A Câmara Municipal de Lisboa deverá iniciar, nos próximos meses, uma experiência baseada na criação de brigadas de cidadãos voluntários para detectarem os locais onde a falta de limpeza é recorrente. O que permitirá auxiliar a autarquia no seu papel de manutenção do espaço público nas devidas condições. A ideia foi lançada por um munícipe, na reunião descentralizada do executivo, ocorrida na noite de quarta-feira, nas instalações do Instituto Superior de Educação e Ciências – ISEC, à Alameda das Linhas de Torres, e destinada a ouvir os moradores das freguesias do Lumiar e de Santa Clara. E mereceu boa aceitação por parte de Duarte Cordeiro, vereador com o pelouro da Higiene Urbana.
“Parece-me bem. Um banco de voluntariado pode ser uma boa ideia para ajudar na identificação de focos de insalubridade e pontos onde há um incumprimento reiterado na limpeza”, afirmou Duarte Cordeiro, em resposta a António Sequeira, um militar na reforma, para quem a acção dos varredores se manifesta insuficiente, face à continuada falta de civismo de muitos cidadãos, parte dos quais faz uso desleixado dos ecopontos e das papeleiras. O munícipe até se ofereceu para participar nesse movimento de “base popular”. O vereador elogiou a proposta e, apesar de frisar que “a limpeza urbana será sempre uma competência da Câmara Municipal de Lisboa”, demonstrou disponibilidade para reunir com o proponente e estudar a melhor forma de fazer “um projecto-piloto nesta área, que pode ser muito interessante”.
Texto: Samuel Alemão